Conheça o testemunho de Paula Cardoso
Combater a Fibromialgia pela Felicidade
Depois de muitos anos a sofrer e a procurar médicos, sem saber o que tinha, foi-me diagnosticada Fibromialgia pelo Prof. Dr. José António Pereira da Silva. Em todas as consultas, sempre me foi transmitido que a minha doença estava intrinsecamente ligada com a minha atitude de vida. Sempre ouvi, por parte deste médico, um estímulo para que adotasse uma atitude positiva e reconhecer que não é tudo um drama. Que devemos pensar em nós e no nosso bem-estar.
Levei tempo a reconhecer que o mal-estar emocional e físico dominavam os meus dias, as minhas dores, o meu descanso, as minhas noites.
Quando, finalmente, aceitei que isto fazia realmente sentido, decidi tratar de construir a minha felicidade/mudar de vida. Decidi afastar-me das pessoas e dos pensamentos que para mim eram negativas. Que não me deixavam evoluir. Que comandavam a minha vida.
Até há 5 anos, eu sentia necessidade de, volta e meia, mudar de local de trabalho. Apercebi-me que, durante muito tempo, após cada mudança, quase não tinha dores. Mudei 5 vezes de trabalho e de cidade e fui usufruindo desse bem-estar emocional e físico, sem saber porquê. Só agora tenho consciência que essas mudanças eram fugas e sopros de esperança de que algo ia mudar. Quando fiquei definitivamente em Lisboa, senti necessidade de sair quase todos os fins de semana, como se fosse buscar energia a algum lado.
Um dia, há cerca de 5 anos, ouvi num vídeo o Prof. Pereira da Silva a referir-se à Felicidade como cura da fibromialgia e isso fez-me pensar: Se a comunidade científica fala na cura pela Felicidade, porque ando eu a sofrer sem pensar na minha própria felicidade? Dei por mim a reconhecer o alívio que sentia quando me sentia feliz ou próxima disso: nas mudanças de trabalho, nas férias, nas saídas aos fins de semana. Recordei e refleti nos conselhos que me dava nas consultas e que eu tinha interpretado de forma
superficial, como se ele só quisesse distrair-me...
Decidi, então, dedicar-me a sério a construir a minha felicidade/mudar de vida.
Comecei por me afastar das pessoas negativas, que me puxavam para baixo. Decidi vigiar de perto e corrigir os pensamentos negativos que me consumiam - a tendência a ver sempre o pior nos acontecimentos da vida, nos outros e em mim mesma.
Passei a procurar ouvir o meu corpo – a dar-me conta do que sinto, saboreando as sensações boas e verificando como as más são toleráveis e tendem a desaparecer. Todos os dias, quando me levanto, “espreguiço-me” longamente e tento sentir cada músculo. Comecei a caminhar. Foi difícil nos primeiros dias. Se foi! Saía de casa com dores e regressava com mais dores ainda. Não desisti. Só passado cerca de
um mês é que comecei a sentir melhorias. Não parei até hoje. Não corro, caminho cerca de 40 minutos por dia. Se por algum motivo não consigo caminhar, faço exercícios em casa. Mais tarde, fui fazer Pilates e senti um alívio ainda maior com estes exercícios.
Decidi, também, que todos os dias havia de ter um tempo só para mim. Nesse meu tempo, faço o que quero e procuro obter momentos de satisfação ao invés de responder a obrigações. Adotei rotinas que me trazem conforto - Uma delas consiste em ir para a cama por volta das 22h, o mais tardar, durante a semana.
Corrigi o hábito de me queixar. Só o ouvir-me, a mim mesma, a queixar-me faz com que as dores aumentem e pareçam inalteráveis.
Todos os conselhos que me foram dados pelo Prof. Pereira da Silva vêm a fazer cada vez mais sentido! Não posso dizer que estou curada. Não posso dizer que não tenho dores – elas aparecem e variam ao longo do tempo, com sempre, mas não lhes daria mais do que 1 numa escala de 10. Antes andavam sempre acima de 7!
Quando soube da plataforma MyFibromyalgia, aderi de imediato. Constatei que nesta plataforma estão espelhados todos os ensinamentos que recolhi ao longo meu trajeto com esta doença e muitas outras ideias
que me serão muito úteis. Os vídeos do Prof. Pereira da Silva fizeram-me pensar: quanto tempo é que eu
perdi por não ter “aviado a receita” de forma imediata?!
E enquanto escrevo, questiono-me: Vale a pena pensar no que sofri? No que poderia ter feito para melhorar mais cedo? Não. Não vale a pena!
O importante é que consegui! O importante é que posso tornar o dia de amanhã ainda melhor!